Capa da autobiografia de Lobão |
A fama de briguento se amplificou após o período na prisão, deteriorando também suas relações com a indústria fonográfica. Nos 90, saiu do círculo das gravadoras pela porta de trás e fez a última de três tentativas de suicídio. Nos 2000, recriou-se, moldou a imagem de "herói independente" sempre ávido para criticar seus colegas de profissão, lançou CDs em bancas de jornal, virou guerrilheiro contra as gravadoras, avançou no jornalismo como editor da revista musical “Outracoisa” e como apresentador da MTV - da qual está fora desde o final do ano passado.
Há três anos, o carioca Joāo Luiz Woerdenbag Filho, 53 anos, mora em Sāo Paulo com Regina, sua mulher desde 1991. Casaram-se de terno, véu e grinalda, por sinal, e a família Marinho, da Globo, compareceu em peso à cerimônia religiosa.
Sente-se um pouco culpado pelos suicídios de sua māe (em 1982) e de seu pai (em 2004) e por várias tentativas, inclusive a do ex-Mutante Arnaldo Baptista (em 1981). "Pô, Arnaldo é maluco, mas eu dei um empurrāozinho, né?", ri. Algoz do rock e da MPB, puxou briga com seus pares ao encampar, quase sozinho - a sambista Beth Carvalho foi parceira incansável -, a luta pela numeraçāo dos discos no Brasil, efetivada em 2002.
No percurso, virou ovelha negra da família MPB - mas nāo tanto da sua própria, aparentemente uma família só de ovelhas negras, em cuja genealogia cabe até o controverso político Carlos Lacerda (1914-1977)
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